
Um levantamento da ANMP (Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais) revela que 90% dos auxílios por incapacidade temporária concedidos pelo sistema Atestmed são revertidos quando o beneficiário é obrigado a passar por uma perícia presencial após seis meses. No Atestmed, a metade dos auxílios é inicialmente concedida sem a necessidade de perícia, mas muitos são negados posteriormente, indicando uma falha nos critérios de concessão.
Essa situação permite que benefícios sejam liberados até para condições leves, como dermatite seborreica e unhas encravadas, que não incapacitam os trabalhadores. O governo, consciente do risco de fraudes e do impacto financeiro sobre o INSS, começou a adotar medidas mais rigorosas em agosto, limitando a prorrogação dos benefícios a 60 dias.
Embora a pressão sobre as despesas previdenciárias tenha aumentado, o INSS está intensificando suas ações de monitoramento para reduzir fraudes e aprimorar o processo de concessão, garantindo que o auxílio seja destinado apenas àqueles que realmente necessitam.
Fonte: Folha