A concessão de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS está em queda pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com o Banco Central, em abril, o saldo das concessões foi de R$ 8,3 bilhões, representando uma redução de 25% em relação aos R$ 11,1 bilhões registrados em janeiro.
Redução nas taxas de juros do Consignado
As recentes reduções nas taxas de juros do crédito consignado acompanham esse movimento de queda. Na última segunda-feira (27), o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduziu o teto de juros do consignado de 1,68% para 1,66% ao mês. A taxa de juros do cartão de crédito consignado e do cartão de benefício também sofreu uma leve redução, de 2,49% para 2,46% ao mês.
Apesar da redução na taxa Selic para 10,50% ao ano, os bancos indicam que os cortes no teto do consignado resultaram em uma queda nas concessões. Segundo o Ministério da Previdência Social, os dados de março e abril, em torno de R$ 8,3 a R$ 8,4 bilhões, estão alinhados com os valores registrados entre setembro e novembro do ano passado.
Comparativo anual
Embora abril de 2024 tenha mostrado um saldo inferior ao de janeiro, houve um aumento significativo em comparação ao mesmo mês em 2023, quando as concessões foram de R$ 5,1 bilhões. Isso indica que, apesar da queda recente, o mercado de crédito consignado ainda apresenta um crescimento a longo prazo.
Análise e perspectivas
A queda nas concessões de crédito consignado pode ser atribuída a vários fatores, incluindo a redução das taxas de juros e o ambiente econômico incerto. A diminuição das taxas de juros, embora positiva para os tomadores de empréstimos, pode ter levado os bancos a serem mais cautelosos na concessão de crédito, resultando em uma oferta reduzida.
O mercado de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS está passando por um período de ajuste, com concessões em queda pelo terceiro mês consecutivo. No entanto, a comparação anual mostra que ainda há um crescimento a longo prazo. As recentes reduções nas taxas de juros refletem um esforço para tornar o crédito mais acessível, mas também apresentam desafios para os bancos. Continuar monitorando essas tendências será crucial para entender o futuro desse segmento de mercado.
Fonte: Valor Econômico