Por Valdo Cruz
Comentarista de política e economia da GloboNews.
O Ministério da Previdência Social defende que os juros do empréstimo consignado de aposentados fiquem na casa de 1,95% ao mês, ou um pouco abaixo.
Nesta segunda-feira (27), está prevista uma reunião na Casa Civil para definir as mudanças no consignado depois da decisão anterior, que reduziu os juros de, no máximo, 2,14% para 1,7%. A decisão levou bancos, inclusive públicos, a suspenderem a operação, e o governo recuou.
Na última sexta-feira (24), em reunião realizada em São Paulo com o Ministério da Fazenda, os bancos propuseram uma taxa entre 1,99% e 2,01%. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), uma taxa máxima nestes patamares bancaria os custos da operação do consignado de aposentados e permitiria a volta das operações.
O governo tem pressa porque, depois da decisão dos bancos de suspenderem as operações, os aposentados ficaram sem crédito a taxas mais baixas e, se precisarem de um empréstimo, terão de contratar com juros mais altos.
A definição final deve ser tomada nesta terça-feira (28), em reunião já convocada do Conselho Nacional da Previdência Social.
Além da nova taxa, o governo vai propor também outras mudanças no empréstimo consignado de aposentados.
Deve ser apresentado projeto de lei acabando com as regras atuais que permitem a modalidade de rotativo, renovando um empréstimo, mas sempre a taxas maiores. Além disso, o governo quer limitar o acesso de dados cadastrais dos aposentados por intermediários financeiros.
Fonte: G1