Segundo dados do INSS de janeiro deste ano, quase a metade dos aposentados e pensionistas do Instituto tem consignado. Isto é, entre os 37 milhões de aposentados e pensionistas do órgão, 16,6 milhões (45%) possuem algum tipo de empréstimo consignado.
E ainda de acordo com o Banco Central, desses 37 milhões de aposentados e pensionistas do INSS, 17 milhões utilizam do recurso do empréstimo consignado para suas necessidades básicas, como alimentação, saúde, vestuário e reforma da casa, com 42% deste público tendo algum tipo restritivo de crédito em seu nome.
Conheça os números:
Para o Banco Central, em janeiro, a taxa de juros média na modalidade estava em 27,7% ao ano (2,05% ao mês). Com o novo limite de 1,97% ao mês, a taxa máxima anual será de 26,37%. No mês de janeiro, foram concedidos R $9 bilhões no consignado do INSS. O estoque, ou seja, o total emprestado nessa modalidade, estava em torno de R $230 bilhões.
Conforme citamos acima, 42% dos tomadores do consignado do INSS estão negativados, ou seja, são pessoas inadimplentes em alguma modalidade de crédito, é o que o informa a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O valor médio dessas operações é de R $1.576,10 e, após várias instituições bancárias suspenderem a oferta do consignado, temia-se que os aposentados e pensionistas optassem por modalidades de crédito mais caras. A situação mais complicada é que, segundo Febraban, esses clientes negativados provavelmente não terão aval dos bancos e financeiras para obterem algum outro tipo de empréstimo.
O empréstimo consignado tem as menores taxas do mercado, porque as parcelas já vêm descontadas na folha de pagamento ou do benefício, sendo no caso, o INSS. Os aposentados podem comprometer até 45% do seu benefício com a parcela do empréstimo.