Dados do Banco Central deste mês revelam que a taxa de inadimplência do crédito no Brasil apresentou queda em novembro, tanto para pessoas físicas quanto para empresas. No crédito livre, a taxa passou de 4,9% para 4,8%, enquanto no crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES), a queda foi de 1,5% para 1,4%.
Embora essa seja uma notícia positiva, é importante analisar o contexto com cautela. A taxa de inadimplência, apesar da queda, ainda se encontra em um nível elevado: 5,7% para pessoas físicas e 3,6% para empresas. Isso significa que, para cada R$ 100 emprestados, aproximadamente R$ 6 e R$ 4, respectivamente, estão em atraso.
O que significa essa queda?
A queda da inadimplência pode ser atribuída a alguns fatores:
- Aumento da renda: O mercado de trabalho vem apresentando sinais de recuperação, com aumento da renda média e do número de empregos. Isso contribui para a capacidade de pagamento das famílias.
- Renegociação de dívidas: Programas de renegociação de dívidas, como o “Desenrola Brasil”, auxiliaram na regularização de dívidas e na diminuição da inadimplência.
O cenário econômico ainda é incerto. É fundamental que consumidores e empresas mantenham cautela na gestão de suas finanças. O recuo da inadimplência é um sinal positivo para a economia, pois indica que os consumidores e as empresas estão pagando suas dívidas em dia. No entanto, é importante ressaltar que a taxa de inadimplência ainda é alta, o que significa que há um risco de aumento de inadimplência no futuro. Os consumidores e as empresas devem continuar a tomar cuidado com as suas dívidas e evitar o endividamento excessivo.
Fonte: O Dia