Os principais bancos do Brasil, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, estão gradualmente retomando a disposição para assumir riscos em suas operações de crédito, especialmente nas linhas de cartão de crédito e empréstimos pessoais sem garantia. Após enfrentarem altos níveis de inadimplência no período pós-pandemia, essas instituições financeiras passaram por um processo de ajuste em seus balanços e agora demonstram sinais de crescimento, ainda que de forma cautelosa.
Entre os grandes bancos, o Banco do Brasil tem se destacado nesse movimento de retomada. Nos últimos 12 meses, a instituição registrou um crescimento de 13,21% em sua carteira de crédito, que alcançou a marca de R$ 1,183 trilhão. A CEO Tarciana Medeiros afirmou que o Banco do Brasil está preparado para expandir sua atuação em segmentos de crédito mais arriscados, com o objetivo de conquistar uma “fatia justa” no mercado.
No entanto, os desafios persistem. A inadimplência de longo prazo tem aumentado, atingindo 3,0%, especialmente nos segmentos de pessoa jurídica e agronegócio. Mesmo assim, o Banco do Brasil e outras grandes instituições financeiras estão dispostos a testar novos modelos de concessão de crédito, mirando um crescimento seguro e estratégico até 2025.
Com a inflação sob controle e um mercado de trabalho aquecido, o cenário é favorável para a aceleração do crédito, o que contribui para o fortalecimento dos balanços dessas instituições financeiras.
Fontes: Valor Econômico