O governo planeja lançar uma nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, o que pode aumentar o consumo no curto prazo e dificultar a redução da inflação. No entanto, a médio e longo prazos, a medida tende a reduzir riscos para os bancos e diminuir os juros para pessoas físicas.
O Banco Central vê com bons olhos a ampliação dessa modalidade, pois pode substituir linhas de maior risco, menos sensíveis à política monetária. No entanto, a resistência do crédito ao aumento da Selic preocupa o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), que já detectou crescimento do crédito de alto custo no último trimestre de 2024.
Além do consignado, o governo também estuda outras reformas estruturais no crédito, enquanto o Banco Central aposta no Drex, sua moeda digital, para baratear garantias e fortalecer o sistema financeiro. Entretanto, medidas como a liberação de R$ 12 bilhões do FGTS reforçam a percepção de que o governo busca estimular a economia, dificultando o controle da inflação pelo BC.
Fonte: Valor Econômico
