19 de abr de 2022

Empréstimos para saúde aumentaram 161% no mês de fevereiro

O motivo ficou entre as principais razões das solicitações de crédito nos últimos doze meses

Nos últimos dois anos ficou evidente que a maior preocupação dos brasileiros foi  com a saúde. Dado o contexto pandêmico, a população passou a procurar meios que a ajudassem a manter a saúde e a preservar a vida das pessoas importantes à sua volta. Evitar aglomerações, cumprir o isolamento e o distanciamento social estavam entre as palavras mais faladas e ouvidas quando o assunto era bem-estar.

Atrelado aos fatores ocasionados pela pandemia, os brasileiros buscaram alternativas para tentar garantir boa saúde, e uma delas foi recorrer a solicitação de empréstimos. Com a renda prejudicada, o endividamento intensificado pela pandemia e a defasagem na economia brasileira, os pedidos de créditos se tornaram uma alternativa para ajudar famílias a preservarem o bem-estar e se sentirem mais seguros. De acordo com o Índice FinanZero de Empréstimos (IFE), que analisou 6,62 milhões de usuários na base da fintech, em fevereiro deste ano os pedidos de empréstimo para saúde cresceram  mais de 161%, subindo de 100 para 161 pontos (base fevereiro/2022=100) em relação ao mesmo mês do ano passado.

Cresce busca por planos de saúde

Outro fator que também cresceu foram os gastos com a saúde, que ficaram ainda mais caros nos últimos meses, e a população sentiu fortemente o impacto dessa mudança. De acordo com dados recentes da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), durante o período pandêmico, beneficiários de planos de saúde alcançaram o maior patamar desde maio de 2016, contabilizando mais de 48,41 milhões de usuários em planos de assistência médica no país.

Também segundo a última edição do índice da FinanZero, as solicitações de créditos voltados para a saúde liderou entre as razões de pedidos de empréstimos que mostrou maior crescimento nos últimos 12 meses, ficando na frente de motivos como quitação de dívidas, negócio próprio e investimentos.

Visto que a economia no país ainda segue se restabelecendo e os valores cobrados por planos de saúde e consultas particulares ainda não estão dentro do orçamento de todos os brasileiros, buscar por solicitações de empréstimos tem sido uma das saídas mais procuradas. Quando se diz respeito a cuidar do bem-estar, a população não tem pensado duas vezes antes de investir na saúde.

“O fator de incerteza sobre o futuro próximo também está presente, dado o ano de eleição presidencial e a guerra na Ucrânia. Muitos vetores estão atuando sobre o setor de crédito e temos cautela no momento para apontar uma tendência clara para o curto prazo”, avalia Costa.

Fonte: www.jornalcontabil.com.br