Debate sobre teto de juros em empréstimos consignados para aposentados ganha força com alta da Selic.
A recente alta da taxa Selic reacendeu as discussões entre bancos e governo sobre o teto de juros nos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS. As instituições financeiras estão pressionando por um aumento no limite de juros, já que a última série de cortes foi baseada na queda anterior da Selic.
O Ministério da Previdência parece relutante em elevar o teto, enquanto os bancos alertam que, se o spread continuar encolhendo, a oferta de crédito pode diminuir, especialmente para clientes mais idosos, aumentando o risco de inadimplência. A margem dos bancos já caiu para 1,5%, impactando as operações.
Desde o ano passado, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduziu o teto de juros em oito ocasiões, levando a taxa de 2,14% para 1,66% ao mês. Como resultado, a oferta de consignados do INSS já caiu 15% em algumas instituições.
A discussão sobre o futuro desses empréstimos continua nos bastidores, mas um pedido público por aumento de juros é visto como politicamente arriscado.
Fonte: Estadão