A Caixa Econômica Federal confirmou que estuda a criação de um fundo imobiliário com imóveis dos Correios, como forma de ajudar a estatal a gerar novas receitas e reduzir seu déficit. A proposta faz parte de um amplo plano de reestruturação financeira, que inclui revisão de contratos, ajustes logísticos e programas de demissão voluntária.
O fundo, ainda em fase inicial de estudo, poderá atrair investidores privados e utilizar o modelo de leasing back, no qual os Correios alugariam os próprios imóveis vendidos. O patrimônio imobiliário da empresa é estimado em mais de R$ 5,5 bilhões.
A medida complementa um empréstimo de até R$ 20 bilhões à estatal — operação que conta com participação de diferentes instituições financeiras e garantia do Tesouro Nacional.
Em paralelo, o governo também promove mudanças no Saque-Aniversário do FGTS, limitando o uso do saldo como garantia para antecipações de crédito. A justificativa é semelhante: reforçar o caixa do Fundo e ampliar a capacidade de financiamento de políticas públicas e empresas estatais — como os Correios.
Na prática, ambas as ações mostram uma tentativa do governo de recompor as finanças públicas, mesmo que isso signifique reduzir o acesso direto do trabalhador aos próprios recursos do FGTS.
Fonte: Agência Brasil

