24 de maio de 2024

Oferta de Consignado INSS bate recorde no primeiro trimestre de 2024

No primeiro trimestre de 2024, o Banco Central registrou um marco histórico na concessão de crédito consignado, totalizando R$29,02 bilhões em empréstimos. Este valor representa um aumento expressivo de 47,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo o maior registrado desde 2011. Este crescimento reflete uma tendência robusta na demanda por crédito consignado entre os beneficiários do INSS.

Redução da Taxa de Juros

Em uma recente decisão, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) determinou uma nova redução na taxa de juros do empréstimo consignado, baixando-a de 1,72% ao mês para 1,68%. Essa medida visa tornar o crédito mais acessível para os beneficiários do INSS. Até março, a média das taxas de juros para operações de crédito consignado estava registrada em 1,7% ao mês, de acordo com o relatório do Banco Central.

Críticas e Desafios

Apesar do recorde e da redução nas taxas de juros, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) expressa preocupações contínuas sobre o tabelamento de juros. Segundo a Febraban, a diminuição do limite de juros é “economicamente inviável” para as instituições financeiras, o que pode levar a uma redução na oferta de crédito consignado. As instituições argumentam que a rentabilidade reduzida pode não compensar os riscos associados a essas operações, impactando negativamente a disponibilidade desse tipo de crédito.

Cenário de Recuperação

No ano de 2023, o crédito consignado destinado aos beneficiários do INSS enfrentou uma queda de 3,3% em comparação com 2022. No entanto, houve uma recuperação nos últimos meses do ano, após uma queda mais acentuada no meio do ano. Esta recuperação continuou no primeiro trimestre de 2024, culminando no recorde atual.

O recorde na concessão de crédito consignado no primeiro trimestre de 2024 destaca a importância dessa modalidade para os beneficiários do INSS. A crítica da Febraban aponta para possíveis desafios futuros na oferta de crédito, que deverão ser monitorados de perto. Este cenário complexo gera um equilíbrio entre a acessibilidade do crédito para os beneficiários e a viabilidade econômica para as instituições financeiras.

Fonte: Extra