A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) expressou sua crítica em relação à redução do teto das taxas de juros para empréstimos consignados de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida, tomada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), diminuiu a taxa máxima de juros de 1,76% para 1,72% ao mês, marcando a sexta queda desde março de 2023.
De acordo com a Febraban, fixar o teto das taxas de juros em um nível economicamente inviável prejudica os bancos e torna o acesso ao crédito impraticável.
Além disso, a federação ressaltou que essa redução impacta de forma negativa os beneficiários mais vulneráveis do INSS, que necessitam de condições acessíveis de crédito. A medida também gerou debates no início de 2023, quando os bancos suspenderam a oferta de crédito consignado após uma redução anterior na taxa máxima de juros.
O Ministro da Previdência, Carlos Lupi, diz que a resolução é uma medida para reaquecer a economia. No entanto, a Febraban argumenta que isso pode levar os aposentados a buscar outras modalidades de crédito mais caras, contribuindo para o aumento do endividamento. “Com isso, os aposentados estão tendo de recorrer a outras modalidades de crédito, com custos significativamente mais elevados, principalmente aqueles que estão negativados, prejudicando especialmente a população de menor poder aquisitivo e de idade avançada”, disse a federação.
As preocupações da Febraban destacam um dilema econômico mais amplo: equilibrar os interesses das instituições financeiras com os das populações vulneráveis, especialmente em meio aos esforços para estimular a atividade econômica.
Embora a redução das taxas de juros possa aumentar potencialmente o acesso ao crédito e estimular o consumo, fixá-las muito baixas pode prejudicar a viabilidade financeira das instituições de crédito e limitar sua capacidade de estender crédito para aqueles que mais precisam.
Fonte: Poder 360